Morri estando vivo no vazio
Pela idéia que já nasce bloqueada
É quando a mente, ansiosa, está no cio
E as mãos, pesadas, não escrevem nada
E morro ainda mais quando é estiagem
Que domina a minha alma desbotada
Sem solo fértil, sem qualquer aragem
Nenhuma idéia brota: a mente é nada
Não há receio de morrer um dia
Mas de viver sem rima e sem poesia
Pois morro é pelo que jamais vivi
Morro de idéias pra sempre perdidas
Morro de escritas que não serão lidas
Morro dos versos que nunca escrevi.
Oldney Lopes©
2 comentários:
Oldney,
Uma das mais belas poesias que já tive a oportunidade de ler...
A forma sincera e sentida nos faz vivenciar cada verso descrito!
Parabéns!
Flávia Flor
Gostei muito deste poema, quer na forma de soneto quer no seu conteúdo.
Abraço poético,
Clarisse
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