terça-feira, maio 04, 2010

MORRER DIVERSOS



Morri estando vivo no vazio
Pela idéia que já nasce bloqueada
É quando a mente, ansiosa, está no cio
E as mãos, pesadas, não escrevem nada

E morro ainda mais quando é estiagem
Que domina a minha alma desbotada
Sem solo fértil, sem qualquer aragem
Nenhuma idéia brota: a mente é nada

Não há receio de morrer um dia
Mas de viver sem rima e sem poesia
Pois morro é pelo que jamais vivi

Morro de idéias pra sempre perdidas
Morro de escritas que não serão lidas
Morro dos versos que nunca escrevi.

Oldney Lopes©

2 comentários:

Flavia Assaife disse...

Oldney,

Uma das mais belas poesias que já tive a oportunidade de ler...

A forma sincera e sentida nos faz vivenciar cada verso descrito!

Parabéns!

Flávia Flor

Clarisse Silva disse...

Gostei muito deste poema, quer na forma de soneto quer no seu conteúdo.
Abraço poético,
Clarisse

Oldney Lopes - Poeta

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Mineiro, poeta, economiário, graduado em Letras, psicopedagogo, orientador de finanças pessoais.
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