segunda-feira, março 26, 2007

SOB GRILHÕES

É necessário que a poesia grite
O que o peito arfante geme em vão
Ou que um insano e breve gesto imite
A voz que se aprisiona ao coração

É necessário um rabiscar na areia
Um derramar de tintas pelo chão
Verter todo o vermelho que há na veia
Para expressar com veemência um não

É necessário um caminhar penoso
A lama, o charco, o pantanal lodoso
Rasgar o chão que abre e se incendeia

Pois sendo prisioneiro, sou tinhoso
Se mandam-me tiranos, sou teimoso
E viro sol se apagam-me a candeia

Oldney

Um comentário:

Sadie Sill disse...

Amei seu poema. Parabéns.

Oldney Lopes - Poeta

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Mineiro, poeta, economiário, graduado em Letras, psicopedagogo, orientador de finanças pessoais.
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