sábado, setembro 23, 2006

A PRIMEIRA LÁGRIMA

A PRIMEIRA LÁGRIMA

Sob a pressão das pálpebras contida
Numa expressão de dor transfigurada
Presa no peito arfante, comprimida
Vislumbra os cílios da alma torturada

E quando encharca, enfim, toda a retina
Mas, impotente, temente à explosão
Agora equilibrista e bailarina,
Sustenta-se em dorido esforço vão

Mas quando o jorro da emoção vence a razão
Brota a primeira lágrima, calada
Vertendo a dor que nasce ao coração

Desaba, pela face, aliviada
Clareia e desabafa a alma magoada
E uma só gota, agora, é turbilhão!

Oldney

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Oldney Lopes - Poeta

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Mineiro, poeta, economiário, graduado em Letras, psicopedagogo, orientador de finanças pessoais.
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